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POR QUE NÃO PARTICIPAMOS DE CONCORRÊNCIA



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É muito peculiar o que a iniciativa privada conseguiu com as grandes agências de publicidade ao criar esse processo bizarro de concorrência. Porque em nada ela se assemelha aos processos de licitação, quando a competição se dá pela proposta de um projeto que tem como princípio de comparação os valores cobrados. E apenas.


Concorrência. Essa palavra tão ~confortável~ no meio publicitário.

Vejamos o que dizem os dicionários:

  1. ato ou efeito de concorrer.

  2. ato ou efeito de disputar a primazia com outra(s) pessoa(s) ou coisa(s); competição, disputa.

Na publicidade, a tal concorrência é sinônimo de trabalho com começo, meio e fim. Os departamentos de marketing de grandes empresas e grandes marcas se valem dessa prática de mercado e da subserviência das agências, que se estapeiam para terem uma lista célebre de clientes, e fazem pedidos que extrapolam toda a racionalidade. Os criativos ficam horas debruçados sobre a ideia inicial do produto, fazem dezenas de opções de caminhos, criam apresentações impressionantes e submetem seu trabalho para avaliação.


Primeiro, joga-se o portifólio da agência no lixo. Portifólio para que, não é mesmo? Porque guardamos nossos trabalhos realizados, porque criamos pastas e legendas e sinopses e históricos com trabalhos realizados se isso pouco será levado em conta na hora da concorrência? Se partimos do pressuposto que um portifólio é para demonstrar seu trabalho, porque você tem de provar isso novamente? Melhor pedir uma carta de recomendação de um cliente passado.


Há inúmeras histórias de layouts roubados, apropriação indevida da criação alheia sem a contratação daquele trabalho, envio irregular de campanhas de produtos para o concorrente que se compremeteu a cobrar menos e aplicar a criação do outro. Os relatos são absurdos e reais. De novo, o mercado se vale da dificuldade de punição legal por essas práticas – há alguns escritórios de direitos autorais especializados nesse tipo de litígio, mas a maioria é franca na alegaçÃo da subjetividade como maior empecilho de ganho de causa.


O desrespeito pela criação do profissional foi institucionalizado – e não temos receio desta afirmação. É preciso coragem para mudar um cenário vicioso, é preciso resistir. Porque se as grandes agências têm um capital de giro irreal para manter essa prática, as agências menores são prejudicadas sobremaneira. Às vezes, uma campanha criativa simplesmente perde a concorrência, deixa de ganhar dinheiro, faz parte do jogo do que-vença-o-melhor. Mas e o tempo enorme gasto? Nem um flanelinha toma conta de carro de graça.

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